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Símbolos da JMJ AÇORES - Peregrinação por um arquipélago

A peregrinação dos símbolos pelo arquipélago dos Açores começou em Santa Maria, a 26 de maio, e terminou em S. Miguel com uma dinâmica de festa onde os jovens foram sempre os protagonistas. Por lá se disse que eles não são futuro, mas já, o presente da Igreja.

Na paróquia de Santo António, o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, desafiou os jovens a serem "influencers" da Jornada Mundial da Juventude e dos valores do Evangelho. D. Américo Aguiar sublinhou ainda que a Cruz e o Ícone Mariano, estão agora mais felizes por terem completado o itinerário pelas nove ilhas açorianas.

Nessa noite houve festa no largo da Igreja, os jovens anteciparam a alegria e a cor dos grandes encontros mundiais com o Papa. Desta vez subiam ao palco os hinos de algumas edições da Jornada Mundial da Juventude

O Padre Jason Gouveia, pároco de comunidades vizinhas preparou uma sequência de hinos bem conhecidos da JMJ e desafiou para o palco quem já viveu estes momentos,

Elisa Medeiros (à direita) esteve em Roma no ano dois mil. Participou na JMJ que reuniu, em Tor Vergata, mais de dois milhões de jovens. Nessa tarde tinha-se emocionado quando entrou na Igreja e viu os símbolos, momentos depois sentia-se em plena jornada mundial.

A sua filha, será uma das jovens açorianas a viajar para Lisboa em 2023.

Jason Gouveia, é o pároco dos Remédios, Pilar da Bretanha e Ajuda da Bretanha. Faz da música a sua ferramenta de anúncio. Com diversos trabalhos editados, trouxe as melodias das Jornadas e avivou o entusiasmo dos que se preparam para a JMJ Lisboa 2023.

A passagem dos símbolos por S. Miguel, ficaria ainda marcada pela visita às Irmãs Clarissas, que habitam no único mosteiro de clausura da diocese, o mosteiro de Nossa Senhora das Mercês, nas Calhetas de Rabo de Peixe, Ribeira Grande. Os jovens visitaram assim uma comunidade religiosa onde a ausência de juventude é apenas aparente.

A Irmã Maria do Amor Divino (ao centro), reconhece ter uma idade já avançada mas diz sentir-se jovem. "Eu sempre amei muito os jovens e esta ocasião é para nós de grande alegria por nos unirmos a um grande acontecimento que congrega jovens de todo o mundo" refere.

Na sua passagem por S. Miguel os símbolos não esqueceram os mais frágeis. O Comité Organizador Diocesano agendou passagens por instituições que dedicam o seu esforço ao cuidado dos que, em virtude da sua condição, acabam por ser vítimas de exclusão social ou ficar na margem. Na Casa de Saúde S. Miguel, do Instituto de S. João de Deus, os símbolos levaram conforto e uma proposta de fé.

Foi também assim, na Casa de Nossa Senhora da Conceição. A unidade de saúde das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus mobilizou toda a comunidade para fazer deste acolhimento um momento festivo. 

Mas estes símbolos também surpreendem quando passam por ambientes menos óbvios. A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada fez questão de acolher estes sinais de fé diante do seu quartel junto das suas viaturas.

Ao longo de todo o percurso pela ilha de S. Miguel, foi um veículo cedido por esta corporação de bombeiros que assegurou o transporte da Cruz e do Ícone de Maria.

E nos Açores, a dimensão da fé passa obrigatoriamente pela devoção ao Espírito Santo, com os tradicionais impérios e confrarias. Uma delas abria, em Ponta Delgada, o cortejo de acolhimento dos símbolos.

Um cortejo, ritmado pelos tambores dos escuteiros, abria alas para os símbolos da JMJ que, depois de um itinerário pelas nove ilhas do arquipélago, chegavam a Ponta Delgada.

Era a derradeira estação de uma missão que o Comité Organizador Diocesano de Angra agilizou e tornou possível em cada ilha.

O Padre Norberto Brum, é o coordenador do Comité Organizador Diocesano de Angra. À Agência ECCLESIA confessou que esta peregrinação dos símbolos pelas nove ilhas, revelou um espírito de união que nem sempre se consegue nesta diversidade geográfica. "Uma grande experiência que deixa frutos e vai perdurar no futuro" afirma.

Ao Campo de S. Francisco, junto do Santuário do Senhor Santo Cristo, a Cruz e o Ícone chegaram em preces entoadas. Os romeiros fizeram ecoar as sonoridades quaresmais das romarias...

Diante do Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, celebrava-se a eucaristia de encerramento desta peregrinação dos símbolos. Um momento congregador de toda a juventude da ilha numa ocasião que era também uma despedida até daqui a um ano em Lisboa. “Maria levantou-se e saiu apressadamente” o tema da Jornada Mundial, serviu para D. Américo Aguiar sublinhar que "cada jovem deve sentir-se desafiado a desinstalar-se, a correr atrás do seu sonho, procurando a sua vocação e mantendo-se firma na fé".

Uma ocasião festiva em que nove elementos dos Comités Organizadores Locais, se deslocaram ao altar para acender uma vela por cada ilha que durante alguns dias, nesta peregrinação, acolheu estes símbolos da juventude.

Por fim a partida. O apoio determinante da Força Aérea Portuguesa e de algumas companhias de navegação, permitiu que estes símbolos assegurassem a sua presença em cada uma das nove ilhas do arquipélago.

Os símbolos regressaram ao continente para iniciar o seu itinerário pela Diocese de Lamego. Nos Açores ficou a réplica da cruz que será agora um sinal mobilizador para os que por ali se preparam para a Jornada de 2023.

"Há pressa no ar"... não é apenas o hino da JMJ 2023, é o que está a acontecer entre os jovens. A contagem decrescente já olha agosto do próximo ano.