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D. José Cordeiro Guia para a Tomada de Posse e Início do Ministério Pastoral

Tomada de Posse

A Tomada de Posse no dia 12 de Fevereiro conta apenas com alguns presentes, sendo uma cerimónia mais reservada que é seguida da primeira conferência de imprensa de D. José Cordeiro como Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas.

Para além do próprio D. José, estarão presentes o Núncio Apostólico, D. Ivo Scapolo, o Administrador Apostólico da Arquidiocese de Braga, D. Jorge Ortiga, o Bispo Auxiliar de Braga, D. Nuno Almeida, e ainda o Cabido da Sé de Braga.

A cerimónia tem início às 15h45.

Nessa hora, o Deão e todos os Cónegos do Cabido irão receber o Arcebispo Eleito à porta da Sé, onde este beijará o Crucifixo e se asperge a si mesmo e aos presentes com água benta.

D. José Cordeiro será, de seguida, conduzido à Capela do Santíssimo Sacramento para um momento de adoração. Depois, na Sala Capitular, irá vestir os paramentos em conjunto com os presbíteros concelebrantes, os diáconos e os restantes ministros.

Depois de uma Procissão de Entrada e uma vez feita reverência ao altar, o Arcebispo Eleito de Braga dirige-se para a cátedra. Depois do hino, senta-se e recebe a mitra.

A seguir, o Chanceler apresenta as Letras Apostólicas ao Colégio dos Consultores, lê e escreve a respectiva acta. Depois de uma saudação do Deão do Cabido, as Armas Arquiepiscopais de D. José Cordeiro serão colocadas na cátedra.

Por fim, o Cabido manifesta obediência e respeito ao novo Arcebispo.

Início do Ministério Pastoral

O Domingo é dia de celebrar o Início do Ministério Pastoral de D. José Cordeiro.

Nesse dia a cerimónia segue, após a Procissão de Entrada, o formato normal de uma Missa.

Às 15h30, o novo Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas vai descer a Rua D. Gonçalo Pereira a pé e ser recebido de novo pelos Cónegos na galilé da Sé Catedral.

A Procissão de Entrada é feita pela seguinte ordem: Turíbulo, Cruz e velas, Evangeliário, Diáconos, Cónegos, Bispos, D. José Cordeiro.

Após a Oração Pós-Comunhão, há um gesto simbólico do Deão para com o Arcebispo de Braga.

No dia 13 estará presente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Glossário

Anel episcopal

É um sinal do ministério apostólico, da fé do Bispo e da ligação deste à Igreja, de poder e fidelidade. Entregue também na Ordenação Episcopal, é usado sempre. O material e desenho são da escolha do Bispo. O seu uso entrou na Igreja por tradição bíblica e pelo costume romano. Usam-no habitualmente o Papa, os bispos, os cardeais, os abades, as abadessas e as virgens consagradas.

Arcebispo

Nome geralmente reserva­do ao bispo com jurisdição sobre uma pro­­víncia eclesiástica, de que fazem par­te várias dioceses. Aquela que está confiada ao arcebispo toma o nome de arquidiocese ou metrópole. Na paramen­tação litúrgica, o arcebispo metropolita distingue-se pelo uso do pálio.

Armas

A heráldica eclesiástica obedecia no passado a regras muito rígidas e representava a muitas categorias de pessoas e instituições de Igreja, o que já não acon­tece hoje. Nas armas dos bis­pos, ar­ce­bispos, primazes e cardeais, o escudo é encimado por um chapéu de pe­regrino (galero) ornamentado com dois cor­dões com bor­las em número e cor variáveis.

Báculo

Insígnia pastoral também entregue na Ordenação Episcopal em forma de bastão ou de cajado encimado por uma croça, é um símbolo de autoridade e jurisdição, assim como do múnus de ensinar. As origens deste objecto estão associadas ao cajado dos pastores. É usado quando são desempenhadas funções litúrgicas solenes na diocese que preside.

Cabido

É o colégio dos clérigos cha­ma­dos “cónegos”, constituído princi­pal­men­te para assegurar um culto mais solene na Catedral ou numa igreja importante (as antigas colegiadas). O Ca­bi­do Catedralício tinha ainda funções admi­nistrativas que, pelo actual Código de Direito Canónico, sal­vo con­cessão excepcional, passaram para o colégio de consultores. No pas­sa­do, os cabidos desempenharam fun­ções importantes, nomeadamente na ma­nutenção de escolas de clérigos e de lei­gos. Hoje, por falta de clero e de meios, a sua acção reduz-se em geral à par­ticipação nas acções litúrgicas mais so­lenes presididas pelo bispo.

Cátedra

Em liturgia, é a ca­deira do presidente das celebrações, es­pe­cial­mente na igreja episcopal que, por isso, se chama Catedral ou Sé. A Cátedra é símbo­lo da missão de ensino e de go­ver­no. De­la o bispo faz a homilia, di­ri­ge a oração dos fiéis e procede a vários sacramentais.

Cruz peitoral

Uma indicação especial da posição que os bispos ocupam na Igreja desde o fim da Idade Média, eram antes usadas tanto pelo clero como por leigos. A Cruz peitoral do Arcebispo distingue-se por ter dois braços.

Deão

Forma popular de decano, é o cónego mais velho ou o mais antigo de um Cabido, que a ele preside ou não, consoante o direito próprio.

Metropolita

É o bispo que preside a uma província eclesiástica constituída por diversas dioceses. Este sistema admi­nistrativo vem da divisão civil do Im­pério Romano. Em tempos mais remotos, o Metropolita tinha largos poderes de jurisdição, que foram gradualmente redu­zidos, sobretudo a partir do Concílio de Trento. Actualmente tem o poder de convocar e presidir ao Conselho Provincial e, em certos casos, de fazer algumas intervenções nas dioceses sufragâneas. Tem a precedência so­bre os outros bispos da província eclesiástica. A insígnia própria é o Pálio, que lhe é concedido pelo Papa. Em Portugal há três províncias eclesiásticas: Braga, Lisboa e Évora.

Mitra

Usada pelo Bispo como símbolo da autoridade que detém, é entregue na Ordenação Episcopal. Como regra, o bispo usa a mitra quando está sentado, se dirige ao povo, o abençoa solenemente, executa gestos sacramentais e vai nas procissões (excepto nas do Santíssimo Sacramento e da relí­quia da Santa Cruz). A mitra é sempre retirada da cabeça quando o bispo ora na Eucaristia. Tem origem no gorro usa­do pelos Papas no séc. VIII. Mais tarde, foi concedida por privilégio a bispos e abades. Das três espécies de mitras, a “simples”, a “aurifrigiada” e a “preciosa”, restam as duas primeiras, usadas consoante as cele­bra­ções.

Pálio

De uso exclusivo dos arcebispos metropolitanos, patriarcas e cardeais, representa a ovelha que o pastor carrega nos ombros, simbolizando, assim, a missão pastoral. É constituído por uma tira de lã branca com seis cruzes negras, e repousa precisamente sobre os ombros, deixando duas faixas pendentes sobre o peito e uma sobre as cos­tas. A lã provém dos cordeiros ofere­cidos ao Papa no dia de Santa Inês. Só o Papa pode conceder esta insígnia.

Solidéu

Originalmente criado com a intenção de proteger a cabeça depois da tonsura – cerimónia em que o cabelo no centro do escalpe era cortado como sinal de humildade e piedade –, é usado debaixo da mitra, mas removido na Oração Eucarística para que a cabeça do Bispo esteja descoberta na presença do Santíssimo Sacramento. O do Papa é branco, o dos cardeais, escarlate, dos bispos, aver­me­lha­do e dos abades, preto.

Turíbulo

Fogareiro de metal com tampa (opérculo) sustentado por correntes, usado na liturgia para o rito da incensação do altar, do crucifixo, do evangeliário, do celebrante, dos diversos ministros e do povo, dos defuntos nas exéquias.

De cima para baixo, da esquerda para a direita: Anel episcopal, Báculo, Cruz peitoral, Pálio, Mitra, Solidéu.

Os locais do dia 13

Alteração às Armas de Fé

D. José Cordeiro tem armas episcopais renovadas.

A simbologia mantém-se a mesma, porém há elementos que são acrescentados com a elevação a Arcebispo Primaz.

Isto significa que o galero (chapéu) verde passa a ter 30 borlas em vez das anteriores 12, e a Cruz passa a Arquiepiscopal – dupla. Como será Arcebispo Metropolita, o brasão passa a contar também com o pálio por baixo.