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Festas gastronômicas de SC Revista Comida com História

Olá!

Seja bem-vindo à revista digital Comida com História, um universo de pessoas, tradições e boas histórias em torno da mesa.

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Através do programa Inovatur, com apoio da Setur (antiga Santur) e da Fapesc, 6 edições levarão você a diversos cantos de Santa Catarina através de pequenos produtores de comida artesanal e profissionais que fazem do turismo gastronômico uma experiência inesquecível.

Nesta 6ª edição, você vai se divertir através dos sabores de algumas das principais festas gastronômicas de Santa Catarina.

Boa viagem e bom apetite!

Então vamos botar a mesa?
Veja o cardápio dessa edição:
Festival brasileiro da Cerveja

Vamos viajar até o início do século 20, porque é lá que começou a trajetória de uma cervejaria que faz sucesso hoje!

Fenaostra

Curta o barulhinho do mar enquanto viaja nesse história que revela como Florianópolis se tornou referência em ostras no Brasil.

Festival nacional da cuca

Nesse episódio do nosso podcast, vamos viajar pelas histórias de uma cidade que respira cucas no café da manhã, no almoço e no jantar!

Festa nacional da cachaça

O que começou como uma brincadeira virou um negócio sério que ajudou toda uma região a se tornar referência na produção de cachaça em Santa Catarina.

Boa leitura!

Festival Brasileiro de Cerveja

Um gole história adentro

E o mais surpreendente é que o mestre cervejeiro era de origem italiana, e não alemã, como era de se esperar.

Josaphat Lenzi já fazia cerveja no ano de 1908.

E, segundo jornais da época, a cidade tinha ainda outra cervejaria.
Quem conta essa história é Leonardo Fornari, tataraneto de Josaphat.

Ele explica que devido ao clima mais favorável para a produção de lúpulo, seu tataravô saiu do município de Rio dos Cedros, no Vale Europeu catarinense, e se mudou com a família para Lages, onde deu início à produção de cerveja e derivados da uva, como vinho, espumante e suco de uva.

Ali nascia a Cervejaria União Serrana.

A trajetória do tataravô encanta Leonardo e a esposa Juliana Carla Marquardt Fornari.
O casal comprou a casa do tataravô Josephat em Rio dos Cedros e planeja fazer um museu.

Eles são os grandes responsáveis por dar continuidade à cervejaria, que depois de três gerações sem produzir cerveja, voltou à ativa pelo interesse e paixão do casal pela bebida.

“ACHAMOS LIVROS DO MEU TATARAVÔ COM ANOTAÇÕES DE RECEITAS E PASSAMOS A REPLICAR”, CONTA LEONARDO.
Inclusive, a cerveja preferida de Juliana é a Vintage Stout, cuja receita vem de um desses livros.

Mas o gosto de Juliana pela cerveja não é recente. Ela morou um tempo na Irlanda estudando inglês, onde conheceu a cerveja Guiness. “E, por coincidência do destino, uma das receitas do tataravô que encontramos em 2015 dizia ‘tipo Guiness’”.

Coincidência ou não, o fato é que a Cervejaria União Serrana foi um sonho construído pelo casal. Uma micro cervejaria com uma macro história, que atualmente conta somente com o trabalho de Leonardo e Juliana.

“É um trabalho duro, árduo. Dia a dia tentando fazer cada vez melhor, pois o que a gente busca é reconhecimento do nosso trabalho”.

Por isso, pelo segundo ano participam do Festival Brasileiro da Cerveja, que acontece em Blumenau desde 2010.

O Festival integra a Semana da Cerveja Brasileira, criada com o objetivo de valorizar e fomentar o mercado cervejeiro.

Tanto Leonardo quando Juliana concordam que a participação no evento é importante pela visibilidade e pela oportunidade de poder contar a história da cervejaria ao consumidor final.

“E é também uma forma de trocar conhecimento com as outras cervejarias”, reforça Leonardo.

Pela primeira vez, o casal leva para o festival o beer bus, um ônibus escolar amarelo transformado em pub por dentro, e que ainda tem cinco torneiras externas para servir cerveja ao público.

“A proposta do beer bus é fazer um rolê cervejeiro, deslocando o pessoal pra conhecer plantação de lúpulo e visitar cervejarias”.
Leonardo e Juliana colocaram a mão na massa e reformaram o ônibus que hoje é o beer bus.
Uma aposta bem diferente que tem tudo pra dar certo e que estreiou no festival deste ano de 2024.
Hoje, a Cervejaria União Serrana produz sete estilos de cerveja.

Dessas, seis respeitam a Lei de Pureza Alemã, que foi uma lei criada na Alemanha em 1516 que institui que as cervejas devem ser compostas apenas de água, malte de cevada e lúpulo.

O único estilo que foge à essa regra é a Vintage Stout, aquela cerveja que a Juliana adora e que segue em 100% a receita do livro do tataravô Josaphat Lenzi.

Um gole história adentro!

“A gente vende uma experiência, não só cerveja”, concorda o casal.

Fenaostra

a história das ostras de floripa

🎧

(reportagem em áudio)

Curta o barulhinho do mar enquanto viaja pela história da transformação das ostras num dos símbolos de Florianópolis. E descubra como essa trajetória passa pela família responsável por um dos restaurantes mais tradicionais da encantadora Santo Antônio de Lisboa.

É só clicar no botão para ouvir mais um episódio do podcast Comida com História:
Leonardo Cabral Costa é sócio proprietário do Freguesia Oyster Bar e Restaurante.
Festival Nacional da Cuca

A cuca da saudade

🎧

(reportagem em áudio)

Neste episódio do podcast Comida com História, a saudade é o tempero que deixa essas cucas ainda mais gostosas numa cidade que respira cuca no café da manhã, almoço e jantar!

É SÓ CLICAR NO BOTÃO PARA OUVIR MAIS UM EPISÓDIO DO PODCAST COMIDA COM HISTÓRIA:
As irmãs Christiane (de branco) e Erica ajudaram a construir a tradição das cucas em Brusque.
Festa nacional da cachaça

A cachaça centenária

Da produção de açúcar mascavo…

Ao melado de tanque…

Até chegar à cachaça!

Essa foi a sequência que ao longo de um século transformou muito mais do que o destino do açúcar: transformou também a vida de uma família inteira.

E de uma cidade inteira também!

A história começa em 1916 na cidade de Luiz Alves, interior de Santa Catarina.

Um agricultor chamado Anton Schoepping era um famoso produtor de açúcar mascavo da comunidade de Rio Canoas, onde vivia num antigo rancho. Lá ele produzia e, de carroça, levava as sacas para vender em Itajaí.

Um dia, Anton resolveu brincar: quis dar um destino ao melado que sobrava da produção do açúcar. Dessa sobra, fez cachaça.

Mas antes teve que contornar um problema: ele não tinha sequer um alambique.
"Ele usou dois fornos de mel, vedação de barro, capacete feito de madeira com cano de cobre que ele arrumou com alguém. E então fez um alambique arcaico."

Quem conta é o bisneto de Anton, Paulo, hoje um dos responsáveis por guardar a tradição e a história.

A experiência autodidata não chegou a virar um produto comercial - pelo menos não para Anton.

Mas essa foi a semente do que marcaria a família por todas as próximas gerações. Em 1934, o filho dele, Leopoldo Schoepping, decidiu dedicar a vida à produção da cachaça artesanal e fundou o Alambique Schoepping, ainda hoje em atividade.

Leopoldo levou adiante aquilo que o pai tinha iniciado
Ao longo do século 20, a bebida foi se consolidando como um forte produto local e virou a marca da cidade.

Diversos alambiques surgiram, formando junto aos Schoepping uma comunidade de produtores de cachaça. Há quem diga que é uma das melhores do Brasil.

Nos anos 80, a fama se espalhou e germinou: o município criou a Festa Nacional da Cachaça, um evento que reúne toda a tradição dos alambiques, além de boa gastronomia, jogos e espetáculos para toda a família.

Aliás, se você tiver oportunidade de ir, aqui vai a dica: a edição 2024 está confirmada! Vai ser de 18 a 21 de julho.

Na época em que a festa foi criada, Paulo ainda era um menino. Morando em Joinville com os pais, ele esperava o ano todo pelas férias, quando finalmente poderia ir a Luiz Alves viver a rotina dos avós em torno do alambique.

"Meus irmãos preferiam ir à praia, eu não, eu preferia ir pra Luiz Alves. Eu tinha amizade com as crianças da vizinhança, com as pessoas da comunidade. Eu gostava tanto que há 35 anos eu vim definitivamente pra cá e nunca mais saí."

Hoje Paulo comanda o alambique junto com o filho, a quinta geração.
Os Schoepping comercializam todo tipo de cachaça e licor, além de receber o público para visitas e degustações.

Paulo já foi presidente da Associação dos Produtores de Cachaça Artesanal de Luiz Alves, organização que ajudou a fazer do município a Capital Catarinense da Cachaça, título oficializado em 2018.

Desde então foi criada a Rota Oficial do produto, um roteiro para se conhecer os locais e as lendas das famílias envolvidas na produção.

Clicando aqui você pode conferir detalhes de um por um dos alambiques.

O próximo passo é conquistar o selo de Indicação Geográfica, processo já em andamento.

Uma forma de consolidar o município como referência e atrair ainda mais os olhos do mundo para a cidadezinha catarinense de apenas 13 mil habitantes. Um lugar de pouca gente, mas muita história pra contar...

Gente feliz, reunida em torno da paixão em comum: uma boa bebida.

Afinal, se tem alguma coisa que combina com cachaça artesanal é um violão tocando e muita prosa em torno da mesa.
Esperamos que você tenha gostado de acompanhar essas histórias cheias de sabor neste novo formato.

Até a próxima edição!

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