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Seja bem-vindo à revista digital Comida com História, um universo de pessoas, tradições e boas histórias em torno da mesa.
Essa revista é diferente e digital porque foi feita especialmente para você ler no seu aparelho celular. E essa é uma edição especial, multimídia, com histórias também em formato de áudio em nosso podcast!
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Através do programa Inovatur, com apoio da Setur (antiga Santur) e da Fapesc, 6 edições levarão você a diversos cantos de Santa Catarina através de pequenos produtores de comida artesanal e profissionais que fazem do turismo gastronômico uma experiência inesquecível.
Nesta 5ª edição, você vai viajar através das histórias deliciosas por trás dos sete produtos que tem indicação geográfica em sc.
As Indicações Geográficas se referem a produtos ou serviços que tenham uma origem geográfica específica, ou seja, garante que eles possuem qualidades vinculadas ao seus locais de origem. Como resultado, as IGs comunicam ao mundo que certa região se especializou e tem capacidade de produzir algo diferenciado e de excelência.
Esses são os sete produtos com IG em SC:
VAMOS CONHECER CADA UM DELES?
Banana da região de corupá
Você sabia que Santa Catarina tem a banana mais doce do Brasil? Conheça os segredos dessa fruta saborosa!
Vinhos de altitude
Saiba como uma uva rara virou matéria-prima de um vinho catarinense único em todo o mundo.
campos de cima da serra
Provar esse queijo é saborear uma verdadeira viagem no tempo, de volta à infância. Quer experimentar?
Mel de melato da bracatinga
Viaje pelos sons de uma descoberta especial: um mel único, que não cristaliza e foi encontrado quase por acaso.
Erva mate do Planalto Norte Catarinense
Descubra como a erva mate produzida em SC ajuda a contar um pedaço importante da história do estado.
Maçã Fuji da região de São Joaquim
Essa fruta veio do outro lado do mundo pra se destacar em SC, resultado de uma longa parceria entre pesquisadores brasileiros e japoneses.
Vales da uva Goethe
Essa uva veio de longe e hoje produz vinhos únicos que orgulham Santa Catarina.
Boa leitura!
Descascada, ela vai pro forno à lenha, onde o processo acontece sem pressa.
Não é igual no forno a gás, é a lenha que traz o toque especial.
Sem calor muito brusco, a fruta vai avermelhando… lentamente, o açúcar vai se concentrando mais e mais… até a banana secar e virar o doce mais doce que qualquer outro.
Clicando no botão abaixo você pode ver um vídeo dessa produção:
Essa história começou com o casal Alfredo e Alaíde Langer, quando a cidade de Corupá via boa parte de sua produção de bananas estragar por falta de procura.
Foi quando resolveram usar as bananas que sobravam para criar algo novo.
Outras pequenas indústrias familiares surgiram na época com a mesma ideia.
Aos poucos, a fama cresceu e a cidade ficou conhecida como a terra da banana mais doce do Brasil.
Hoje, a Bananas Gostosas está nas mãos do neto dos fundadores, Daniel César Martins, e da esposa Gisleini Moreski Martins. Gisleini ajudou a tornar a empresa conhecida em todo o país.
Ela conta que um momento foi crucial pra mudar a história da marca: a conquista da Indicação Geográfica.
"Antes da IG, a gente já sabia que ela era a mais doce, mas não sabia explicar o porquê pros clientes. Com os estudos que foram feitos, veio a explicação: ela realmente é de 25 a 30% mais doce que as outras.”
Isso acontece por causa do relevo, ela fica mais tempo no pé do que em outras regiões e vai criando o amido", explica Gisleini.
Para receber o selo IG, cada produção passa por um pente rigoroso.
Auditorias e processos muito bem definidos são a garantia de que a qualidade da banana mais doce do Brasil seja sempre a mesma. O sucesso não é à toa: a família Martins chega a processar 30 toneladas de banana por semana. A tradicional banana desidratada, criada pelos fundadores, ainda é o carro-chefe, mas já não é o único produto da casa.
O segredo é sempre o mesmo:
"Eu me apaixonei quando cheguei aqui e vi o amor, a dedicação com que tudo é feito. É bem trabalhoso, então quando a gente vê o produto feito, pra mim é muito gratificante. Minha vida é a Bananas Gostosas", diz a dona, que adora levar uma banana desidratada pro lanche.
"Nunca enjoa!"
Com a IG, a fama da cidade ficou ainda mais forte. E a rede de produtores, também.
Hoje, Bananas Gostosas tem parcerias sólidas com produtores certificados da região. Um fortalece o outro, e juntos levam a banana como bandeira para impulsionar o turismo da região.
É um olhar pra frente que jamais nega o passado: é dele que vem a sabedoria e as melhores histórias, contadas até hoje aos turistas que visitam a loja da família.
Quer saber mais?
Informação IG:
A banana mais doce do Brasil é produzida em Santa Catarina, mais especificamente nos municípios de Schroeder, Corupá, Jaraguá do Sul e São Bento do Sul. Estudos sobre as condições naturais, a cultura e a história da região de Corupá levaram ao reconhecimento do produto por meio de uma Indicação Geográfica. A doçura, uma das características mais relevantes dessa banana, vem da combinação de clima, relevo e temperatura. Com um tempo maior para se desenvolver e amadurecer, a fruta acumula mais minerais e açúcares.
A banana reconhecida é a banana nanica, também chamada de caturra. Testes apontam que ela pode ser até 25% mais doce. Maior produtor do estado, Corupá chega a produzir 155 mil toneladas da fruta por ano, envolvendo ao menos 600 famílias.
Com uma importância enorme no desenvolvimento econômico da região, a banana de Corupá recebeu, em 2018, a IG 'Banana da Região de Corupá’.
De avô para neto…
Humberto Conti hoje vive realizado ao ver seu sonho de ter uma vinícola na serra de SC concretizado. A inspiração da vinícola Villaggio Conti veio de seu avô, ainda na Itália. Humberto começou em terras brasileiras e hoje segue junto com seus filhos…
Pra conhecer essa história de paixão pelo vinho, basta clicar no botão abaixo e curtir esse episódio do podcast Comida com História.
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(depois volte pra curtir as outras histórias dessa edição)
Informação IG:
Tradições familiares e motivações pessoais deram início à vitivinicultura no Vale do Contestado e na Serra Catarinense. A altitude, entre 900 e 1400 metros, foi fator determinante para o desenvolvimento de vinhos finos, de alta qualidade.
Aliada a características de solo e clima, variedades de uvas e técnicas de cultivo, produtores foram ganhando destaque no cenário nacional, mostrando que em altas altitudes catarinenses os vinhos criavam especificidades únicas. Por isso, os vinhos de produtores de 29 municípios ganharam Indicação Geográfica.
A IG ‘Vinhos de Altitude de Santa Catarina’.
Esses eram os sinais de que ele e o pai iam montar a cavalo em uma viagem para trocar o queijo por outros produtos que não produziam na propriedade onde moravam.
Essas lembranças de José Lourenço Machado já têm 70 anos.
Ele tinha 6 anos de idade e já vivenciava de pertinho o dia a dia da propriedade rural onde nasceu, no município catarinense de Capão Alto, nas proximidades de Lages, região serrana. Só saiu de lá pra estudar.
Todos os irmãos foram embora, e ele voltou.
Uma tradição de mais de 3 mil famílias de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul: a da produção do Queijo Artesanal Serrano (QAS), o queijo que ele cresceu vendo ser feito em casa.
Lá se vão 40 anos dedicados ao ofício de queijeiro, junto com a esposa Salete Aparecida Machado.
Os dois dividem o trabalho em todas as etapas da produção do queijo, desde a ordenha até a maturação. João é um dos produtores mais antigos desse tipo de queijo em todo o estado catarinense.
“Eu procuro fazer da maneira que aprendi quando era criança, como realmente era o queijo artesanal”.
O Queijo Artesanal Serrano tem quase 300 anos de história.
Com a chegada dos tropeiros na serra catarinense no século 18, começaram a surgir as primeiras propriedades rurais. Como o gado existente naquela época era o Crioulo Lageano, era com o leite dele que os queijos serranos eram produzidos, com o saber-fazer trazido pelos portugueses.
Por toda a sua história, esse queijo virou parte da identidade cultural da região serrana, onde a tradição é mantida até hoje por pequenos produtores.
Todos aprenderam a fazer o queijo com seus pais, sendo a receita e modo de fazer passados de geração em geração.
É preciso tirar o leite das vacas e produzir o queijo diariamente, o que afasta da profissão quem não quer esse compromisso permanente.
“É bem complicado o futuro, inclusive pra nós. A J Machado pode até terminar”, desabafa.
A J Machado é o nome da queijaria de João e Salete, cujos queijos já foram premiados em concursos nacionais e regionais, sendo o mais recente neste ano de 2023 em Blumenau, no Prêmio Queijo Brasil.
Como as filhas do casal moram na cidade de Lages, a produção, que é a renda principal dos dois, não tem um sucessor.
Com a propriedade certificada por manter todos os princípios de sanidade e a fama da qualidade do queijo passando de boca a boca, a clientela aumentou e as visitas à propriedade ficaram mais frequentes.
“A queijaria é simples, mas recebo com muito gosto”, fala José.
O visitante degusta o queijo e leva pra casa um produto que é inspiração para outras queijarias. “Experimentou, levou”.
Quer saber mais?
Informação IG:
Um produto que já foi moeda de troca e tem grande importância econômica para os produtores, é também um reflexo do clima, solo e vegetação da região dos Campos de Cima da Serra, que engloba o planalto sul de Santa Catarina e o Nordeste do Rio Grande do Sul. Ao todo abrange 34 municípios em ambos os estados.
É nessa área que os fatores culturais, humanos e históricos foram levados em consideração para criar a Indicação Geográfica para o Queijo Artesanal Serrano.
A IG ‘Campos de Cima da Serra’.
Ele tem um sabor característico, não cristaliza e foi descoberto quase por acaso na serra catarinense.
É essa história que Joel de Souza Rosa, proprietário da empresa Apiários Real, conta pra gente.
Ouça mais um EPISÓDIO DO PODCAST COMIDA COM HISTÓRIA.
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Informação IG:
Uma árvore nativa das regiões mais frias do sul do Brasil faz parte de um triângulo harmônico que dá origem a um mel bem especial, feito exclusivamente em território brasileiro. A Bracatinga, com seus troncos escuros, os insetos cochonilhas e as abelhas são responsáveis pela produção do Mel de Melato de Bracatinga, que desde 1980 é exportado para a Alemanha, onde faz sucesso entre os consumidores.
Por ser rico em minerais e outras substâncias benéficas à saúde, e ter características únicas, como não cristalizar e ter uma tonalidade escura, o mel foi ganhando mais visibilidade no exterior, com premiações, inclusive, como o melhor do mundo em 2013 e 2017. O aumento nas exportações e reconhecimento levou ao registro de Indicação Geográfica do produto.
134 municípios de sc, PR e RS fazem parte do território que pode usar a IG 'Mel de Melato de Bracatinga do Planalto Sul Brasileiro’.
O casal Janete Rosane Pacheco e Wilmar Pacheco gosta de adicionar ao chimarrão matinal uma folha de alecrim e um pedaço de casca de laranja seca.
“Mas ele sozinho já é bom”, fala ela.
Produtores de erva-mate no município de Três Barras, que em 1960 foi desmembrado da cidade de Canoinhas, Janete e Wilmar cresceram vendo os pais trabalharem com a erva-mate nativa da região.
Junto com a madeira, era a principal fonte de renda de ambas as famílias.
Na época, Canoinhas era a capital da erva-mate, e chegou a ser a quinta economia de Santa Catarina por causa do produto. É nessas terras do Planalto Norte Catarinense que as erveiras crescem vigorosamente entre araucárias e imbuias.
Uma história de mais de 160 anos de produção do que ficou conhecido como “ouro verde”.
Foi a erva-mate o principal motivo da Guerra do Contestado, quando os estados de Santa Catarina e Paraná disputavam as terras onde a planta dava em abundância, e onde seria construída a estrada de ferro ligando São Paulo ao Rio Grande do Sul.
“A erva-mate representa muito pra nós. O pai do meu marido se estabeleceu por conta dela. O almoço do meu casamento foi pago porque meu pai tirou erva pra comprar a comida”.
Janete Rosane Pacheco
“Trabalhar com a erva-mate demanda manutenção e roçado, não exige maquinário de custo elevado, o que é uma de suas vantagens”, explica Janete.
Ela relata que atualmente a venda da erva é feita no pé, e a indústria que compra o produto é responsável pela poda.
Mas nem sempre foi assim. Antigamente, a secagem e a moagem das folhas eram feitas pelos próprios agricultores em instalações conhecidas como carijos e barbaquás. Somente depois é que a erva-mate era entregue à cooperativa para o processamento final e venda à indústria. A então menina Janete ainda se lembra do fogo secando as folhas.
“O fogo ficava aceso dia e noite, e as pessoas se juntavam na boca do forno tomando chimarrão”.
Se o que restou para produtores como Janete e Wilmar é a preservação da cultura da erva-mate no estado catarinense, pode-se ter certeza que ela nunca vai acabar.
E isso quem garante não é somente o que a planta proporciona economicamente, mas principalmente a presença do chimarrão na conversa da manhã e no encontro com os amigos.
A erva-mate é uma constante na vida dessas famílias.
“E sempre vai ser”, garante a produtora.
Quer saber mais?
Informação IG:
Do fogo que agrega aos hinos e brasões de municípios do Planalto Norte Catarinense, a erva-mate sempre fez parte da história da população dessa região.
Nativos, os ervais que enriqueceram famílias e transformaram geograficamente o estado de Santa Catarina se tornaram parte da cultura agricultora e consumidora dessas localidades, e por suas características únicas e importância histórica ganharam Indicação Geográfica.
A IG ‘Erva Mate do Planalto Norte Catarinense’.
Informação IG:
O “pingo de mel” é uma das características das maçãs Fuji produzidas em Santa Catarina, na região de São Joaquim. Esse distúrbio fisiológico deixa o fruto mais doce, e acontece quando a fruta é submetida a temperaturas mais baixas nas semanas que antecedem a colheita. E isso acontece naturalmente no estado, sendo um dos fatores que levou ao reconhecimento das mação Fuji catarinenses produzidas nos municípios de São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urupema, Urubici e Painel como um produto com Indicação Geográfica.
A altitude acima de 1200 metros é fator determinante na produção dos frutos, que foram introduzidos na região há pelo menos cinco décadas. Trazidos do Japão, passaram a ser trabalhados por uma colônia de imigrantes japoneses formada no local. Portanto, a geografia e fatores naturais e humanos foram determinantes para o desenvolvimento do setor.
Um setor que hoje entrega uma maçã com qualidade superior, em aparência e sabor, protegida pela IG 'Maçã Fuji da Região de São Joaquim’.
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Um vinho único no mundo
Em Urussanga, no Sul de Santa Catarina, há um refúgio de uma espécie raríssima de uva.
Na bagagem, trouxeram a forte tradição de fazer o próprio vinho e beber em família.
A produção artesanal ganhou outras possibilidades quando um Cônsul italiano da época trouxe uma nova variedade de uva recém desenvolvida nos Estados Unidos: era a Uva Goethe.
A fruta gostou tanto do clima do sul catarinense, que virou uma das marcas regionais.
"É uma uva que dá um vinho muito bom e nenhuma região do mundo consegue fazer vinho com as características daqui."
MAS COM O TEMPO, A PRODUÇÃO SE PERDEU EM MEIO À ASCENSÃO DAS MINAS DE CARVÃO, ONDE TRABALHAVAM BOA PARTE DOS IMIGRANTES DA ÉPOCA.
E as vinícolas familiares começaram a surgir.
Em 1975, Hedi Damian e Flávio Mariot, avô e tio avô de Matheus, inauguraram a Casa Del Nonno, uma homenagem àquela geração de imigrantes que cruzaram o oceano para viver no Brasil.
Hoje o espaço é conduzido por Matheus e o pai Renato Damian, neto e filho do fundador da vinícola.
Nessa longa história, uma das principais conquistas dos produtores de vinho de uva Goethe foi a Indicação de Procedência, a primeira IP de vinhos de Santa Catarina.
Através de um trabalho minucioso de pesquisa da Associação Pró-Goethe, foi provado que a uva feita no território é mesmo única no mundo. A partir daí, o vinho se destacou na gastronomia nacional e impulsionou o turismo na região.
"Isso nos deu um respeito muito grande no setor, as pessoas viram que a gente tá produzindo um vinho diferenciado.”
“A gente mantém uma tradição de mais de 130 anos produzindo um vinho de alta qualidade e inovador."
Para Matheus, ainda resta um grande desafio: combater o desconhecimento e o preconceito com vinhos nacionais.
"As pessoas acham que o vinho importado é melhor, mas não é verdade. Aos pouquinhos a gente vai quebrando esses preconceitos. As pessoas têm que ir experimentando, quebrando seus preconceitos, aceitando coisas novas."
Hoje a Casa del Nonno recebe turistas do mundo para conhecer a produção, fazer degustação ou curtir um pôr do sol no espaço especial chamado Sunset, que transforma a vinícola em um bar de vinhos.
Uma das grandes bandeiras da família é a democratização do vinho. Uma bebida que, muito mais do que elegância, significa descontração, amizade e encontro.
"Que o setor pare de complicar e elitizar o vinho, que cada vez mais pessoas tenham conhecimento sobre vinho e possam apreciar.
Isso de que que existe a taça certa, de que não pode vinho com gelo… só afasta as pessoas. A gente tem que deixar as regras de lado.“
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Informação Ig:
Entre a serra e o mar catarinenses, uma variedade de uva encontrou seu ambiente ideal para desenvolvimento. Trazida ao município de Urussanga no final do século XIX pelo regente do Consulado Italiano, Giuseppe Caruso Mac Donald, a Uva Goethe tem feito história desde então. A mais recente foi abrir as portas para as Indicações Geográficas em Santa Catarina, mostrando que fatores como clima, solo, trabalho humano e tradição podem trazer singularidades a produtos alimentícios.
A IG abrange oito municípios entre as encostas da Serra Geral e o litoral sul catarinense onde, no início do século XX, imigrantes italianos passaram a produzir vinhos brancos aromáticos, tradicionais da região do norte da Itália de onde vieram. Eles não podiam imaginar que aquela bebida impregnada de tradições antigas adaptadas às condições do Brasil se tornaria tão importante.
É para reconhecer a unicidade e preservar sua história, que os vinhos brancos e espumantes da região receberam a IG ‘Vales da Uva Goethe’.
Esperamos que você tenha gostado de acompanhar essas histórias cheias de sabor neste novo formato.