A pega de boi no mato, diferente da vaquejada de arena, acontece no meio da caatinga. Os vaqueiros vestidos com terno de couro (gibão), entram dentro do mato, em cima dos seus cavalos, para pegar o boi. É uma versão rústica e de muita coragem, que utilizam técnicas e estratégias específicas, para tirar o crachá dos animais. Cada um possui no crachá um número único na vaquejada, que os identificam. Os vaqueiros podem correr em dupla, trio ou grupo.
Flavio Alencar e Isac Santos com 14 anos, são primos, estudam juntos e compartilham da mesma paixão, mas correm em equipes diferentes. Filhos e netos de vaqueiros, Flavio começou a correr profissionalmente aos 10 anos e Isac Santos aos 11 anos, ambos tiveram a experiência de correr com o seu respectivo pai, em algum momento.
A saída é muito rápida e em poucos segundos, somem mata a dentro, é comum também populares ficarem dentro da mata torcendo para a corrida passar por perto deles.
Todas essas fotos são registros da vaquejada realizada na Fazenda Velha Pé da Torre, em Gararu Sergipe, o evento teve uma vasta programação nos dias 22 e 23 de abril, com vários artistas, e com a participação de vaqueiros dos estados de Pernambuco, Bahia, Sergipe e Alagoas. Na organização de Zé Toicinho.
Em Sergipe, a cidade de Porto da Folha é conhecida como a rainha das vaquejadas, tem há mais de 50 anos a tradicional pega de boi no mato, no Parque Nilo dos Santos, desde da sua fundação pelo Frei Angelino, a festa que é realizada no mês de setembro só não foi realizada durante a pandemia da Covid.
Em 2016, o STF derrubou uma lei no Ceará que legalizava a prática esportiva, com isso os amantes do esporte protestaram em 11 estados e no Distrito Federal conseguindo manter essa tradição legalizada e viva até os dias atuais.