A receita já é um clássico na casa da família, e até a menina de 9 anos sabe preparar.
Assim como a panqueca de banana com aveia, outra delícia que agrada tanto ela quanto o irmão mais novo, João - aliás, um apaixonado por jiló…
Estranho ver tanta comida natural no cardápio das crianças?
Para os pais, Gisely Coité e Aleixo Leitão, tudo isso é mais do que normal: é um objetivo alcançado. Resultado de uma mudança brusca de vida desde que os filhos nasceram.
Na introdução alimentar da Gabriela, o médico pediu que desse orgânicos pra ela. Mas a gente ia na Ceasa e não achava orgânicos com diversidade.”
“Então resolvemos plantar no quintal de casa, colher e nos alimentarmos daquilo que a gente conseguia produzir", diz Gisely Coité, que largou a carreira no Direito para se dedicar à produção de alimentos.
E com o terreno ao lado, passaram a produzir não só para o próprio consumo, mas também para outras 5 famílias que apoiavam financeiramente o plantio em troca de alimentos frescos e orgânicos.
Gisely e Aleixo descobriram um modelo de negócio em crescimento no mundo: a CSA, Comunidade que Sustenta a Agricultura.
A CSA foi criada por mães que desejavam encontrar alimentos saudáveis para os filhos no Japão após a Segunda Guerra.
É uma prática coletiva de desenvolvimento agrário sustentável sem intermediários, em que produtor e consumidor criam uma relação mais próxima.
Os membros da comunidade são agricultores e famílias urbanas que se comprometem com valores fixos mensais ou anuais para apoiar a atividade agroecológica.
Assim eles podem participar ativamente das tomadas de decisão sobre o que é plantado e até de algumas atividades de colheita em dias de campo.
Por isso, na CSA os consumidores são chamados de coagricultores.
E então, do sonho da família Coité Leitão, nasceu a CSA da Florestta.
O plantio deixou o terreno ao lado para ocupar o Sítio Luziânia, a 55 quilômetros da Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília.
Hoje já são quase 300 famílias recebendo em casa cestas completas semanais com alimentos da estação.
São até 30 combinações que cada uma pode escolher.
A origem dos alimentos já não está restrita ao sítio.
Gisely e Aleixo têm parceria com outros 9 produtores de orgânicos para atender a demanda, aumentar a diversidade e ajudar no sustento das famílias do campo, tão prejudicadas com a pandemia.
"Levar consciência alimentar e ambiental pras pessoas é uma oportunidade de conexão com o planeta.”
“Quando a gente vê algo no supermercado, não sabe quem plantou, de onde veio, quantos quilômetros viajou.”
“Aqui na CSA nós fazemos questão de mostrar os produtores responsáveis pelo cultivo."
Gisely Coité
Quer saber mais?
Sugestão de consumo: pãozinho de inhame com cenoura
A partir de apenas R$ 5 por mês você recebe mensalmente o encarte com essa e outras receitas especiais. Para contribuir com este projeto, que valoriza produtores sustentáveis do Brasil, basta clicar no botão abaixo:
participe do Comida com História!
O Comida com História faz parte de uma cadeia que valoriza quem carrega nossas tradições gastronômicas, pratica a sustentabilidade e traz nutrição pra nossa mesa.
Dá play nesse vídeo para conhecer quem faz essa revista:
Para apoiar esse trabalho, você pode contribuir com valores a partir de R$ 5,00.
muito obrigado!
e tem mais histórias nesta edição:
- De uma barraquinha movimentada da Ceasa que vende receitas tradicionais de carne de porco vem uma história cheia de tradição e sabor!
- Descubra os segredos dessa linda flor de onde vem o aroma mais requisitado pela gastronomia mundial: o de baunilha.
- Conheça a antiga lenda oriental que inspira a produção de cogumelos medicinais!
- Descubra por que o conceito de soberania alimentar é tão importante para que o Brasil possa voltar a deixar o mapa da fome.
Quer receber nossa revista digital todo mês? É grátis! Clique no botão abaixo:
Pão com linguiça e história
Leo Hamu serve o mais famoso pão com linguiça da capital brasileira em uma das bancas do local.
Ele se orgulha em dizer que faz a linguiça de porco como aprendeu com seu pai.
“Meu pai era excelência em porco”, diz.
De origem sírio-libanesa, a trajetória das famílias materna e paterna de Leo em terras brasileiras começou com os avós no final do século 19. Do litoral foram adentrando o país em busca de melhores condições de vida.
E foi na cidade goiana de Formosa que se estabeleceram.
Na época, era onde se fazia o registro do ouro de Goiás antes de ser mandado ao Rio de Janeiro, capital do país naquele período.
Tropeiro, passava até 3 meses viajando em carro de boi peregrinando pelas fazendas para vender.
O pagamento era muitas vezes feito em gado e porco. Nesses meses fora de casa e sem acesso permanente a ingredientes frescos para comer, a opção era levar consigo farinha, carnes defumadas e de lata.
Costumes que acabaram se tornando hábitos alimentares.
E são essas receitas tradicionais de hábitos que ficaram em pequenos núcleos que Leo tem resgatado com os defumados Leo Hamu.
A escolha de manter seu nome na linha de produtos como banha de porco, linguiça caipira cortada na ponta de faca e carne de lata tem um motivo.
“Me obriga a ter um produto sempre bom”, explica. A estratégia funcionou.
Os produtos de Leo são encontrados em vários estabelecimentos do Distrito Federal, assim como fazem parte do cardápio de restaurantes que ele presta consultoria.
“Gosto de ensinar o bom uso do meu produto”.
E ele tem conhecimento para isso.
Formado em Zootecnia, Leo sempre foi ligado à comida de alguma forma. Teve restaurante árabe com as irmãs por 25 anos, foi professor na área de gastronomia e técnico de extensão rural.
Foi nesse último cargo que “pregou” que a solução para pequenos produtores rurais era agregar valor ao que produziam. Ao sair da função, colocou sua teoria em prática.
Resgatou a cultura alimentar da região produzindo defumados, embutidos e carne de lata.
Produtos que serve na banca da CEASA há mais de 10 anos, em receitas como paçoca de carne e chica doida, ligadas aos tropeiros e fazendas do interior goiano, mas que também leva para a alta gastronomia por meio dos restaurantes.
Toda a carne utilizada por Leo Hamu vem de criadores da raça de porco Duroc da região.
O abate dos animais é feito em frigorífero, o que atesta a sanidade da matéria-prima. Nenhum tipo de conservante é utilizado, e a linha de carnes defumada é preparada na fazenda com madeiras aromáticas de árvores como noz-pecã, laranja, limão, entre outras.
O “buquê” Leo Hamu.
Seu conhecimento em ciências agrária e tradições culinárias com valorização da origem e sua experiência como chef de cozinha trouxeram visibilidade à marca e à pessoa de Leo Hamu.
Por isso é que a esquina de sua banca é uma das mais movimentadas da CEASA-DF.
É onde chefs e pessoas comuns param para comer comida gostosa e escutar as histórias que ele conta.
sugestão de consumo: Almôndegas de lata com salada de mangarito e ora-pro-nóbis
A partir de apenas R$ 5 por mês você recebe mensalmente o encarte com essa e outras receitas especiais. Para contribuir com este projeto, que valoriza produtores sustentáveis do Brasil, basta clicar no botão abaixo:
A redescoberta da baunilha brasileira
Essa flor guarda o aroma mais requisitado pela gastronomia mundial: o de baunilha.
Ele é um dos responsáveis pela fama da confeitaria francesa, que não abre mão das poucas gotas da iguaria capazes de realçar os sabores de uma receita.
Um extrato valioso cujo universo é pouco explorado em terras brasileiras.
Mas Luiz Eduardo Camargo pretende mudar esse cenário.
Proprietário da Bauni, com sede no Distrito Federal, e da Escola da Baunilha, localizada no cerrado goiano, ele é uma das poucas pessoas no Brasil que têm autoridade para falar sobre o assunto.
Com carreira na área da alimentação e um olhar especial para a biodiversidade brasileira, Luiz sempre quis dar destaque a ingredientes nativos.
“Sabia da recorrência da baunilha no cerrado, mas não podia imaginar a dimensão.”
Ao investigar a baunilha, descobriu que a comunidade tradicional dos Kalungas, presente no estado de Goiás, fazia o extrativismo do insumo.
A tentativa de empoderar as famílias que lidavam com a baunilha para que fosse formado um comércio justo e rentável terminou de forma frustrada.
Mas ninguém podia tirar o conhecimento que Luiz adquiriu ao longo dos mais de 10 anos dedicados às baunilhas.
Em contato com extrativistas e produtores do Brasil, México e Peru, criou uma rede de troca de aprendizado.
E percebeu que o gargalo que existia sobre o tema era uma oportunidade de compartilhar o que sabia.
Assim surgiu a Escola da Baunilha: “quero ajudar quem quer aprender”.
Por meio de capacitações e expedições no cerrado, ele mostra algumas das 35 espécies de baunilha conhecidas no Brasil, além do potencial do produto, que vai muito além da gastronomia.
A baunilha é base da maioria dos perfumes franceses, é muito usada na indústria dos cosméticos, além de ter propriedades medicinais.
Alguns países, inclusive, utilizam a baunilha no tratamento de autismo.
Essa troca o levou a desenvolver um comércio sério para a baunilha.
Por meio da Bauni, Luiz tem trabalhado com seis espécies, quatro brasileiras e duas mexicanas. Ele criou um sistema de produção que é controlado desde o plantio até a venda, garantindo, assim, a origem do que comercializa.
Muito diferente de produtos à base de baunilha encontrados hoje no país.
“Os produtos vêm de fora, não são tão bons, e não se sabe se têm um comércio justo”, conta ele.
Atualmente, a Bauni trabalha com o extrato de baunilha e a fava, essa última muito utilizada na alta gastronomia.
Uma parceria com um laboratório com sedes no Rio de Janeiro e São Paulo tem ajudado no desenvolvimento de novos produtos, ainda a serem lançados.
Nativa das Américas Central e do Sul, a orquídea do gênero Vanilla dá a vagem da baunilha, de onde é retirado seu extrato, muito valioso no mercado.
A explicação para isso vem de três fatores principais:
- o tempo que a vagem leva para maturar, entre oito e nove meses;
- o trabalho que está por trás de seu beneficiamento, quando são liberados os componentes aromáticos;
- e o rendimento, pois 1Kg de baunilha verde rende 250g ao final do processo.
A Bauni mantém o método tradicional de desidratação, aquele feito no sol, lentamente, para que o produto fique com o padrão de qualidade da marca.
Essa etapa é tão importante, que no México existe o “curador de baunilha”.
sugestão de consumo: Extrato de baunilha artesanal
A partir de apenas R$ 5 por mês você recebe mensalmente o encarte com essa e outras receitas especiais. Para contribuir com este projeto, que valoriza produtores sustentáveis do Brasil, basta clicar no botão abaixo:
A fonte de saúde dos cogumelos
E figuras mitológicas ligadas a eles são encontradas nas literaturas chinesa e coreana.
Magu é uma delas.
Sua lenda é relacionada ao cogumelo reishi, retratado como o elixir da imortalidade.
Ela era uma mulher jovem que vivia nas montanhas e usava água de nascentes para fazer vinho de reishi. Ao consumir a bebida depois de maturada, Magu se tornou imortal.
Sua figura é conhecida até hoje por seus poderes de cura.
No Brasil, do outro lado do mundo, outra mulher aposta no uso de cogumelos.
É Yara Ballarini, bióloga com mestrado em Ecologia e doutoranda em Mudanças Climáticas.
A produção foi montada no Sítio Caliandra, na região do Lago Norte de Brasília.
É lá que Yara alia ciência com práticas sustentáveis de produção.
Apesar de integrar um programa de incubação na Universidade de Brasília, ela enfrenta dificuldades como qualquer outro agricultor.
Por se tratar de um produto perecível e frágil, a venda dos cogumelos tem que ser feita em até dois dias.
A privatização do fornecedor de energia do Distrito Federal, em 2021, trouxe constantes quedas de energia.
Como a produção da Caliandra Cogumelos, marca criada por Yara, depende de temperatura e umidade controladas, ela perdia tudo o que produzia.
“Era desesperador e triste ver o trabalho jogado no lixo”.
Foi quando tomou a decisão de investir em mais conhecimento. Foi para Portugal fazer um curso de extratos e, desde que voltou, em junho deste ano, tem reerguido aos poucos a produção, agora com o abastecimento de energia estabilizado.
Seu trabalho atual é voltado à elaboração de extratos de três cogumelos medicinais:
A questão cultural dos cogumelos sempre encantou Yara.
Mas apesar de toda a riqueza histórica nos países orientais, ela se baseia em pesquisas científicas que comprovam seus benefícios para a saúde.
O reishi, por exemplo, ajuda a regular o organismo, baixando a pressão alta e a glicemia, além de combater bactérias. Já o juba de leão é famoso por sua capacidade de estimular o cérebro, auxiliando em casos de demência, Parkinson e Alzheimer.
As gotinhas dos extratos de cogumelos podem ser adicionadas à comida e não alteram em nada o sabor dos pratos.
Uma parceria com o Sebrae juntou o conhecimento de uma nutricionista para a criação de um cardápio com receitas de sopas, vitaminas e shots com os extratos, o que vai ajudar na promoção desse “superalimento”.
Yara acredita no uso da comida como medicina, por isso está se dedicando a essa inovação.
Enquanto nos Estados Unidos o mercado está se voltando para a inserção dos cogumelos como fonte de saúde, ela se prepara para quando essa tendência chegar ao Brasil.
E se apoia em entidades como a Embrapa e Emater para estar sempre melhorando sua produção, o que reforça seu lema de que “não existe inovação sem fomento à ciência”.
Ao mesmo tempo, traz um pouco de verdade à lenda de Magu.
sugestão de consumo: Shot saúde intestinal
A partir de apenas R$ 5 por mês você recebe mensalmente o encarte com essa e outras receitas especiais. Para contribuir com este projeto, que valoriza produtores sustentáveis do Brasil, basta clicar no botão abaixo:
o sonho de um brasil soberano
A maior das contradições do Brasil está aqui, num prato vazio.
Lugar da maior biodiversidade do planeta, onde o que se planta, colhe.
E se planta muitíssimo.
Arroz, feijão, uma infinidade de frutas e legumes, temperos mil.
Eis o país em que 58% da população vive com algum grau de insegurança alimentar.
Um gargalo que nunca se fecha por completo em nossa história - embora estejamos vivendo um de seus piores momentos.
Segundo a pesquisadora de direito econômico, Lea Vidigal, a resposta está na soberania alimentar.
A advogada diz que é necessário uma mudança estrutural, começando pela atuação do estado em garantir o abastecimento.
É preciso mais do que oferecer o que comer!
É preciso distribuir produtos de qualidade, comprados de fontes sustentáveis e locais, garantindo que o país não fique à mercê da importação e de políticas externas.
Isso se chama auto suficiência e soberania sobre a própria alimentação.
Essa ideia vem pra substituir o antigo conceito de segurança alimentar, muito utilizado no pós guerra para garantir que países europeus destruídos tivessem alimentos a partir de relações com países abundantes.
O problema é que na equação neoliberal não estavam perguntas cruciais para que outras outras catástrofes fossem evitadas (nesse caso, as econômicas e sociais).
"Não era perguntado quem produziu, quem vai apropriar essa renda, se a oferta desses alimentos está garantida a longo prazo.”
“Se isso tudo depender de decisões que estão fora do país, isso deixa esse país muito frágil no atendimento de suas necessidades básicas."
Lea Vidigal
Em 2001, no Fórum Mundial pela Soberania Alimentar, a preocupação com o abastecimento das nações passou a incluir tais perguntas.
O olhar sobre o campo, sobre as pequenas famílias produtoras, sobre o abastecimento local e sustentável era prioridade.
Foi defendido "o direito à alimentação de toda população, com base na pequena e média produção, respeitando as próprias culturas e a diversidade dos modos camponeses, pesqueiros e indígenas de produção agropecuária."
Para o próximo governo eleito no Brasil, o desafio será ainda maior do que reforçar as políticas públicas de distribuição de alimentos.
Será preciso perseguir a soberania alimentar.
Criar estruturas sólidas para que o produtor brasileiro seja bem remunerado e escoe sua produção majoritariamente para a população brasileira, cumprindo um papel duplo de emancipação.
De quem planta e de quem tem fome.
Quer saber mais?
Quarto de Despejo, de onde tiramos a frase que encerra a reportagem, é uma das obras mais importantes da literatura brasileira.
O livro foi escrito por Carolina Maria de Jesus quando trabalhava como catadora de papel e vivia na Favela do Canindé, em São Paulo.
É um relato cru sobre a fome no Brasil.
Construída a partir de seus diários, a obra é até hoje considerada indispensável para quem quer entender as sensações e a vida do povo faminto nos “quartos de despejo”, como Carolina chamava as favelas do país.
Se você é produtor e também tem histórias cheias de sabor, conta pra gente:
Informação qualificada
Gostou de saber um pouco mais sobre soberania alimentar? Esse tema tão importante é também abordado em um dos vídeos do canal do YouTube Educa Periferia, que produz conteúdos educativos pensando na qualificação da informação disponível na internet. Tem vídeos sobre democracia, a importância das hortas escolares, agroecologia e muito mais!
Assista ao vídeo sobre soberania alimentar aqui:
ajuda no combate à fome
Falamos sobre comida porque acreditamos que é importante divulgar o trabalho de pequenos produtores que valorizam nossos biomas e tradições. Mas a grandeza do tema não descarta a preocupação com a fome. As políticas públicas atuais não têm sido suficientes para resolver esse grande problema mundial. Dados da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) mostram que a situação se agravou.
Hoje 828 milhões de pessoas não têm acesso às calorias mínimas necessárias para uma vida saudável.
Enquanto a solução não chega, campanhas de arrecadação de doações ajudam a salvar muitas vidas. Como estamos próximos do Natal, gostaríamos de indicar uma delas, a Natal Sem Fome, que existe desde 1994 e já ajudou mais de 22 milhões de pessoas por todo o Brasil a terem um Natal digno.
faça parte dessa comunidade
A matéria de capa desta edição trouxe uma produtora de uma CSA (Comunidade que Sustenta a Agricultura) do Distrito Federal. A proposta é extremamente inteligente e benéfica a quem produz e a quem sustenta. Que tal então também fazer parte da CSA mais próxima de você e ter alimento saudável na sua mesa ao mesmo tempo que ajuda a sustentar a produção rural?
relembre outras edições
Esta é a nossa terceira edição da revista Comida com História em um mês de dezembro. Vamos relembrar os outros estados que tivemos durante o período natalino? Em 2020 falamos sobre alimentos do Pará, trazendo na capa um produtor de chocolates bean to bar que utiliza cacau da Floresta Amazônica.
Já em 2021, fizemos Goiás, esse estado que tem a predominância do bioma Cerrado e, por isso, a capa trouxe um casal de produtores que beneficia o pequi, um dos frutos mais emblemáticos desse bioma.
Trabalho reconhecido
Entrando em clima de fim de ano e indo para a última edição (falta ainda Roraima) dessa primeira fase da revista Comida com História, que rodou todos os estados do Brasil e o Distrito Federal, gostaríamos de compartilhar e comemorar com você, leitor, que somos finalistas no Prêmio Nacional de Jornalismo do Sebrae na categoria de Jornalismo Empreendedor.
A premiação vai acontecer no dia 14 de dezembro em Brasília.
Estamos muito felizes e orgulhosos de termos traçado um caminho de valorização ao que é produzido em pequena escala em território nacional.
Somos muito gratos a todos os entrevistados.
Com eles, aprendemos demais sobre a biodiversidade brasileira e diversidade de culturas e tradições que tanto enriquecem o nosso país. Somos também muito gratos a nossos leitores e apoiadores por nos motivarem a seguir em frente apesar de toda a dificuldade em levar adiante um projeto novo, cheio de sonho e esperança de fazer a diferença. Nosso muito obrigado.
Desejamos um fim de ano repleto de saúde, amor e empatia.
E que 2023 traga a certeza de que juntos podemos mais. Com carinho, equipe revista Comida com História - Amanda Santo, Gustavo Schwabe e Leyla Spada.